O naufrágio aconteceu a cerca de 200 quilómetros a nordeste de Porto Santo. A Força Aérea resgatou os tripulantes da embarcação "Dario" (seis portugueses, um cabo verdiano e um costa marfinense) quando estes estavam no navio cruzeiro "Prinsendam", que estava na zona e tirou os seis homens da balsa de salvamento.
"De repente foi a máquina principal, foi o gerador, foi tudo abaixo, ficámos às escuras", afirmou Jorge Miguel, de 43 anos, armador e mestre da embarcação, na Capitania do Porto do Funchal, para onde foram conduzidos os tripulantes depois de terem sido resgatados.
Jorge Miguel adiantou que a tripulação fez tudo para evitar o naufrágio e só quando a água "estava pelo convés" decidiu que os tripulantes deveriam saltar do barco para a balsa com capacidade para 20 pessoas. Segundo o mestre, o incidente ocorreu pelas 01.00 de hoje, sendo que o pedido de socorro foi feito quando "já era quase de dia". "Tivemos sempre a tentar pôr as máquinas a trabalhar", frisou, sem conseguir adiantar os prejuízos decorrentes do naufrágio.
Jorge Miguel negou ter existido pânico no seio da tripulação, a maioria oriunda de Peniche, justificando que quando abandonaram o barco, de nome "Dario" registado no porto do Funchal, que andava à pesca do espadarte, já se encontravam navios na zona. "Ganhámos um bocadinho mais de calma", declarou, manifestando o desejo de regressar "o mais rapidamente possível" a casa, de onde saíram dia 7.
O comandante do porto do Funchal, Pedro Amaral Frazão, adiantou aos jornalistas que a operação foi desencadeada ao início da manhã, após informação recebida no Centro de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa, que transferiu a operação para o Funchal.
Pedro Amaral Frazão disse que a embarcação encontrava-se a cerca de 120 milhas náuticas a nordeste da ponta de São Lourenço, na ilha da Madeira, e após o sinal de alerta, foram acionados o helicóptero Merlin da Força Aérea e "em colaboração com a navegação mercante que se encontrava na área".
O responsável acrescentou que os tripulantes foram transferidos inicialmente para a balsa salva-vidas e, depois, foram recolhidos por um navio de passageiros que esteve atracado na quarta-feira no porto do Funchal. "Era o que estava melhor posicionado para proceder à recolha dos náufragos", declarou, informando que "a partir daí foram transferidos" para o helicóptero e, após aterrarem no Funchal, "foram transportados para a Capitania" para o acompanhamento e ajuda.
Pedro Amaral Frazão referiu que o acompanhamento médico à tripulação "foi feito logo a bordo do navio de passageiros e a bordo da aeronave", onde estava uma enfermeira do Comando Marítimo da Madeira.
Sem comentários:
Enviar um comentário