sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Punta Barbela Numero Dos

A Força Aérea recebeu esta tarde, dia 25 de Novembro, um pedido de evacuação médica, para um passageiro da embarcação de pesca Punta Barbela Numero Dos, de Bandeira Espanhola e com 17 metros de comprimentos, que se encontrava a cerca de 225 quilómetros a Sudoeste do Montijo, ao largo do Cabo Espichel.

O homem, de 54 anos de idade, queixava-se de fortes dores toráxicas quando foi accionado o pedido de socorro.
Prontamente foi empenhado um helicóptero EH 101 Merlin, da Esquadra 751, sediada no Montijo, que descolou pelas 13H30, e após ter recolhido uma equipa médica do INEM, no Aeródromo de Trânsito Nº 1 (AT1), em Figo Maduro, efectuou com sucesso a evacuação do pescador.

A ondulação forte com vagas médias/ altas dificultou o resgate, o que obrigou à utilização de uma técnica especial de abordagem, denominada Hi-Line, que consiste na utilização de um cabo guia e que permite uma entrada lateral no navio por parte do recuperador.

Depois de resgatado pelo recuperador-salvador da força aérea, e já no interior do EH 101 Merlin, a equipa médica que seguia a bordo prestou os primeiros cuidados médicos ao pescador, diagnosticando-lhe um enfarte.
A chegada ao AT1 aconteceu pelas 17H30, tendo o sinistrado sido transportado ao Hospital de Santa Maria por uma ambulância que os aguardava.

Noticia Original

domingo, 21 de novembro de 2010

Evacuação médica realizada a passageiro do navio Tenacious


A Força Aérea recebeu na manhã de hoje, dia 21 de Novembro um pedido de evacuação médica, para um passageiro do navio Tenacious, de pavilhão inglês, com 65 metros de comprimentos, que se encontrava a cerca de 30 Km a Oeste do Cabo Carvoeiro.

O paciente, de 74 anos de idade, foi vítima de uma queda, que teve como consequência a fractura de uma costela suspeitando-se ainda da existência de perfuração de um pulmão.

Para esta evacuação foi empenhado um helicóptero EH 101 Merlin, pertencente à Esquadra 751, sediada no Montijo, que descolou pelas 10h50’, e após ter recolhido uma equipa médica no Aeródromo de Trânsito Nº 1 (AT1), em Figo Maduro, efectuou com sucesso a evacuação do sinistrado.

A evacuação foi complicada de concretizar em virtude de existir uma ondulação forte, o que conjugado com a altura dos mastros do navio, cerca de 45 metros, obrigou à utilização de uma técnica especial de abordagem, denominada Hi-Line, que consiste na utilização de um cabo guia e que permite uma entrada lateral no navio por parte do recuperador.

A chegada ao AT1 aconteceu pelas 13h00 tendo o sinistrado sido transportado ao hospital por uma equipa médica que os aguardava.

Noticia original

sábado, 13 de novembro de 2010

Entrega do galardão "Ancla de Plata" no Salão Náutico de Barcelona

A tripulação de um helicóptero da Força Aérea Portuguesa que, em Março, resgatou, em circunstâncias meteorológicas adversas, cinco tripulantes de uma embarcação que se afundava ao largo de Santiago de Compostela, foi agraciada em Espanha.

De acordo com informação da Força Aérea, uma tripulação do helicóptero EH-101 MERLIN, pertencente à Esquadra 751, sediada na Base Aérea do Montijo, foi agraciada ontem, quinta-feira, com o prémio "Ancla de Plata 2010", em Barcelona.

O prémio atribuído pela Rádio Nacional de Espanha e pela Direcção-Geral da Marinha Mercante e Sociedade de Salvamento e Segurança Marítima espanhola, homenageia organizações, associações ou indivíduos que mais se destacaram, durante o ano, no salvamento de vidas no mar e na luta contra a poluição marítima.

"A tripulação do helicóptero da Força Aérea Portuguesa recebeu este prémio como reconhecimento do valor e experiência profissional demonstrada no dia 30 de Março, quando resgataram cinco tripulantes, em condições meteorológicas adversas, da embarcação 'KEA' que se afundava nas águas do Oceano Atlântico, a cerca de 350 quilómetros de Santiago de Compostela", refere em comunicado.

Para receber a "Ancla de Plata 2010" estiveram presentes, na cerimónia, que decorreu no "Salão Náutico Internacional de Barcelona", o piloto comandante, capitão João Correia, o co-piloto, tenente Ricardo Nunes, o operador de cabine, primeiro sargento José Beça e o técnico de saúde, Capitão José Dias.

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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Reportagem de Pedro Miguel Costa TSF

Entrevista tsf

Para Que Outros Vivam

05 SET 08

São a salvação dos aflitos. Pescam vidas por um fio, das águas do Atlântico. Resgatam grávidas e doentes do isolamento das ilhas. Cruzam os céus, na emergência, sem horas de expediente.
Desde o início do ano, a Força Aérea Portuguesa, em colaboração com a Marinha, já salvou mais de 140 pessoas do mar e muitas mais foram assistidas e transportadas para os hospitais mais bem equipados dos Açores. A TSF passou uma semana com os homens da esquadra 751, neste arquipélago. Acompanhou os treinos permanentes, seguiu missões e guardou histórias de perigo e alívio.
Reportagem de Pedro Miguel Costa. Sonoplastia de João Félix Pereira.
Emissão Original a 2007-11-23

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Esquadra 751, quando os milagres vêm do céu

EXTRATO INTEGRAL DO JORNAL DA MADEIRA DE Cristina Costa e Silva

“Porque Eles Vivem”


A história é verdadeira e qualquer semelhança com a realidade não terá sido mera coincidência. Tem como protagonistas o então Major Diniz, hoje Tenente Coronel, o Capitão Casquilho, piloto, o Capitão Dias, enfermeiro, o Cabo Adjunto Vilhais, o 1º Sargento Peixoto, operador de sistemas e o 1º Sargento Tavares, recuperador.
Na verdade, mudam os nomes e as patentes, mas sejam eles pilotos, mecânicos, recuperadores, engenheiros ou enfermeiros, as páginas dos relatórios escrevem-se, quase invariavelmente, pelos meandros das acções de busca e salvamento, entre tantas outras, que fazem o lema da Esquadra 751: “Para que outros vivam”. Mas que seria dos velhinhos “Puma” ou dos novos “Merlin” sem os homens que servem a Pátria ano após ano, Natal após Natal, dia após dia? A história que aqui se narra, quase na primeira pessoa, parece trazer o som ensurdecedor dos motores do “Merlin”, mas, para quem está à espera de socorro, deve ser o som mais melodioso que se pode receber, ainda por cima vindo do céu. Há algo de quase milagroso neste aproximar da potente máquina que demora, entre a activação e o momento em que está com as rodas no ar um máximo de 45 minutos durante o dia e de 60 durante a noite.
António Tavares era o recuperador destacado para uma comissão de 15 dias no Porto Santo, em Julho de 2009, quando a tripulação foi activada. Normalmente, conta, não estão muito longe do hotel, para poder estar dentro dos limites de tempo definidos e, nesse dia, que no seu calendário não era domingo, porque em alerta não existe essa coisa de dias ou de horas, não foi excepção. «Normalmente o “heli” está guardado dentro do hangar. Portanto, a partir do momento que chegamos lá, temos que colocá-lo na “rua”, aprontar o equipamento e por os motores em marcha».
Em 2008, quando fez a sua primeira missão a sério, foi para recuperar uma pessoa “anestesiada” por uma médica. Mas já lá vamos. Voltemos ao domingo de Julho. Depois de deixarem o hangar e a ilha mais pequena, dirigiram-se quase com navegação à vista, para São Jorge, virado a norte, primeiro para o Ilhéu, onde a informação inicial dava conta de estar o jovem e, depois de algum tempo a passar a pente fino o pequeno rochedo, em direcção ao calhau onde, debaixo de uma falésia inacessível por terra e com condições que não permitiam a navegação marítima, avistaram o jovem aventureiro. O sargento continua o seu relato do salvamento, descrevendo como via de cima o rapaz literalmente encurralado debaixo da escarpa, olhando incrédulo para o céu, sobretudo quando o recuperador iniciou “um guincho” para o alcançar. «O primeiro contacto foi um pouco confuso para a vítima» pela espectacularidade assustadora da turbulência provocada pelas pás que levanta a água e a projecta por todos os lados e que pode, em alguns casos, projectar objectos e pessoas. Em linguagem lá deles, explica António Tavares, este fenómeno chama-se “down wash”.
Conhecedor dos efeitos destas aproximações, pensa mesmo «que ele entrou mesmo um pouco em stress». «Depois de efectuar os procedimentos normais para este tipo de situações fomos os dois içados em segurança, com o Capitão Dias, enfermeiro, a verificar o estado dele e a detectar um início de hipotermia», mas os males ficavam-se por ali.
Uma “anestesia” para acalmar Havia passado, naquele domingo de Julho, cerca de um ano daquela primeira missão, aquele dia em que, confessa, «acho que senti de tudo!... » E prossegue: «Pensei e repensei várias vezes em todos os procedimentos, da frente para trás e de trás para a frente, no que iria encontrar, se depois de lá chegar as coisas me iriam sair naturalmente e de maneira correcta e segura». E não era para menos, uma vez que o objectivo era resgatar um cidadão de um país de Leste que estava a bordo de um catamarã. Fazia parte de um grupo de cinco pessoas que navegava a cerca de 150 milhas de Sagres e que «sem mais nem menos começou a agredir os restantes tripulantes e a danificar a embarcação». Para primeira missão, esta teve adrenalina suficiente, uma vez que antes de o “Merlin” chegar «já os fuzileiros tinham dominado o individuo à força e a própria médica da corveta da Marinha envolvida na operação o tinha “anestesiado”». Hoje, ironiza que «foi a minha sorte, devido à grande estatura do agitador». Mesmo tendo sido essa a primeira missão, Tavares afirma que, para os recuperadores, «não há nenhuma em especial. Todas elas são importantes de uma maneira ou de outra. Das que já fiz, todas me marcaram de maneira diferente», fazendo parte das memórias menos boas, o resgate de um cadáver. Seja como for, ao cruzar-se na rua com as pessoas que ajudaram, especialmente no Porto Santo, um meio onde é possível uma grande proximidade com a população, são reconhecidos e mesmo cumprimentados, cientes de que nem sempre tal acontece, o que é perfeitamente compreensível.

Uma garrafa de Vodka

Comandante da Esquadra durante 25 meses, o Tenente-Coronel Moldão realizou inúmeras missões no Porto Santo. Desde que os voos se faziam de Puma, aeronave em que, por ter apanhado um susto, aprendeu que as missões só terminam com o helicóptero aterrado. Teve a seu cargo homens e mulheres com personalidades diferentes, mas com formação militar que lhes permite ter maturidade para serem "parte da solução e não do problema". E foi nessa frieza que toda a sua tripulação teve de ouvir os gritos de uma mãe, quando um filho em coma faleceu cinco minutos depois da descolagem, gritos que ainda hoje recorda. Marcante foi também o resgate de um navegador solitário, salvo após cinco dias passados numa balsa, vítima de uma tempestade quando estava há cinco semanas no mar. São essas histórias que se recordam quando o Natal e a Passagem de Ano chegam, apesar de, no caso do Porto Santo, essas épocas terem de ser «entendidas ao seu ritmo», dada a particularidade da ilha fora do período de Verão. «Talvez custe um pouco as primeiras vezes…», confessa.
Há, agora, momentos bons para recordar: E, pelo facto de ter sido o primeiro resgate, o do homem que estava há cinco dias na balsa tornou-se inesquecível por outro motivo: «Ainda guardo uma garrafa plástica, de litro, de Vodka, que me foi oferecida pelo navegador solitário polaco. Era o último componente do seu "Kit de sobrevivência": quando a esperança de ser salvo se desvanecesse restava a garrafa de vodka! Foi-me oferecida logo após o salvamento. Já sem rótulo e gasta pelo tempo, mas por abrir!!!!»

Os números do “Merlin” no Porto Santo

Foram executadas, desde o início das operações com o “Merlin” no Porto Santo, entre 21 de Fevereiro de 2006 e meados de Outubro deste ano, 929 horas de voo. Foram realizadas 518 missões, entre Treino, Busca e Salvamento e Evacuações Aeromédicas. Das 1413 pessoas transportadas, 266 eram doentes. Foram ainda transportados cerca de 6800 quilos de carga. A partir de hoje, as missões no Aeródromo de Manobra nº3, que assinala no dia 25 deste mês o seu primeiro aniversário, vão ser feitos com um novo vizinho: o C-295, outra das novas capacidades da Força Aérea Portuguesa.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Helicóptero da Força Aérea Resgata tripulante de veleiro ao largo da Madeira "Alboram"


Um helicóptero EH-101 MERLIN, destacado no Aeródromo de Manobra Nº3 (AM3), em Porto Santo, evacuou ontem, dia 7 de Novembro, um tripulante do veleiro” ALBORAN QUINCE CACIQUE”, que necessitava de evacuação médica urgente devido a um Acidente Vascular Cerebral.

Após o alerta, o EH-101 MERLIN descolou do AM3 pelas 16H35 com uma equipa médica militar a bordo, em direcção à zona de operações, a cerca de 50 quilómetros a Sul de Porto Santo.

Ao chegar ao local, pelas 16H55, a tripulação deparou-se com ondulação e ventos fortes o que fez com que o recuperador salvador, para retirar o doente da embarcação, que era de pequenas dimensões, tivesse de se desprender do guincho e ir a nado, levando consigo a maca, até popa do veleiro.

Depois do processo de recuperação estar concluído, o tripulante, de 35 anos e de nacionalidade polaca, recebeu os primeiros cuidados a bordo do EH-101, tendo posteriormente sido transportado até ao Heliporto do Hospital do Funchal para receber assistência hospitalar, onde chegam pelas 17H50.

O EH-101 MERLIN termina a missão pelas 18H25 quando aterra no AM3.

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paquete "ARTEMIS"

No dia 4 de Novembro, pelas 23H40, um EH-101 MERLIN, da Esquadra 751, descolou da Base Aérea Nº6, no Montijo, para evacuar um idoso, de 85 anos, que viajava a bordo do paquete ARTEMIS.

O paquete encontrava-se a cerca de 20 milhas náuticas, ao largo de Leiria, quando o helicóptero efectuou a recuperação do homem, cujo estado de saúde implicava cuidados médicos imediatos, devido às hemorragias que apresentava.

Depois de recuperado, o idoso foi transportado pelo EH-101 MERLIN até ao Aeródromo de Trânsito Nº1, em Figo Maduro, onde o aguardava uma ambulância que o transportou até ao hospital.

O helicóptero regressou à BA6 pelas 02H15, terminando assim mais uma missão em ambiente nocturno e uma vida salva pela Esquadra 751.